sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Quem ama abraça clipe musical

Vivemos numa sociedade historicamente regida pelo sistema patriarcal, que estrutura as relações de dominação e ainda continua atribuindo ao homem, marido ou companheiro, a chefia conjugal e o mando nas relações afetivas. Nessa relação de poder, coube às mulheres o papel de cuidadora da casa, responsabilidade pela educação dos filhos e obediência ao “seu provedor”.

O Código Civil de 1916, que instituía ao homem a chefia da sociedade conjugal como representante legal da família, com o poder de administrar os bens comuns do casal e os bens particulares da esposa, incorporava e legalizava juridicamente “o modelo que concebia a mulher como dependente e subordinada ao homem”.

Quase cem anos se passaram e muitas águas rolaram. As mulheres se organizaram, ocuparam praças e exigiram mudanças na lei e na vida. A Constituição de 1988 equiparou os direitos legais de igualdade econômica, política e social. O último Censo/IBGE 2010, publicado recentemente, indica que as mulheres já controlam 38,7% dos domicílios brasileiros.

No entanto, os mecanismos de dominação, opressão e violência contra as mulheres continuam fazendo vítimas em nossa sociedade. Seja através da violência doméstica e familiar, da violência sexual, que acontece dentro e fora de casa, dentro e fora da família, da violência psicológica, que através de humilhações, insultos, intimidação, desvalorização e ameaças, ridicularizam a mulher, sob qualquer forma, provocando dores tão profundamente como as outras formas de violência ou ainda, a violência institucional, praticada pelas instituições do estado, por ação ou omissão.

O resultado de anos de luta dos movimentos de mulheres contra a violência doméstica, só pôde ser comemorado pelas brasileiras, em 2006, com a aprovação da Lei 11.340/06, mais conhecida como Lei Maria da Penha, um passo significativo para assegurar à mulher o direito à sua integridade física, psíquica, sexual e moral. No entanto estatísticas ainda mostram uma trágica realidade, reflexo do secular patriarcado.

Segundo a pesquisa “Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil”, organizada pelo Instituto Avon, entre as mulheres agredidas no país, 15% apontam que são forçadas a fazer sexo com o companheiro e 38% dos homens também admitem que já agrediram fisicamente as mulheres. As causas mais comuns são o ciúme e o alcoolismo, no entanto, 12% confessam que já bateram nas companheiras sem motivo!

Quando lemos notícias de violência feminina nos jornais sempre nos perguntamos, porque essas mulheres não abandonam seus agressores? A pesquisa do Instituto Avon fez essa mesma pergunta e o resultado é preocupante: 25% das mulheres responderam que a falta de dinheiro para viver sem o companheiro é o principal motivo, em segundo lugar vem a preocupação com a criação dos filhos e, em terceiro, o mais grave, o medo de serem mortas pelos seus companheiros: 21% na região Centro-Oeste, 16% no Sul, 15% no Sudeste, e 13% no Nordeste.

Os dados sobre a violência sexual contra a mulher revelam aspectos cruéis. Pesquisa publicada este ano pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Estado do Rio de Janeiro, o “Dossiê Mulher 2011”, indica que, do total de 3.751 estupros praticados contra vítimas do sexo feminino, 53,5% referiam-se a “estupro de vulnerável”, ou seja, as vítimas eram meninas de até 14 anos de idade. Em 50,5% dos casos, as vítimas de estupro conheciam os acusados (companheiros, ex-companheiros, pais, padrastos, parentes e conhecidos), 29,7% tinham relação de parentesco com a vítima (pais, padrastos, parentes) e 10,0% eram companheiros ou ex-companheiros. É doloroso pensar que as meninas são atacadas, dentro de suas casas, por quem deveriam receber proteção, carinho e educação, num cenário de infâncias roubadas e sonhos perdidos.

A cada 2 minutos, cinco mulheres são agredidas violentamente no Brasil, segundo a pesquisa “Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado 2010”, organizada pela Fundação Perseu Abramo/SESC. A violência doméstica aumenta o índice de suicídio, causa repetência escolar dos filhos e promove a cultura da violência. É a que faz mais vítimas no mundo.

Os dados sobre homicídios são ainda mais sombrios. Segundo o estudo “Mapa da Violência no Brasil 2010” do Instituto Sangari, entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres foram assassinadas. Isto significa 10 assassinatos por dia, cerca de 4 assassinatos para cada 100 mil habitantes.

Não podemos ignorar os números aqui apresentados. Não podemos ficar cegas, surdas e mudas aos sinais de violência contra a mulher que testemunhamos em nossas cidades, na vizinhança, ou até em nossas casas. Para quebrar este ciclo milenar do patriarcado, precisamos questionar a cultura e os valores impregnados em nossa sociedade, de que os corpos e as vidas das mulheres possam estar à disposição de homens. Devemos nos indignar diante dessa tragédia, denunciar qualquer forma de violência, mesmo as mais veladas, como o assédio moral. É nossa obrigação procurar as delegacias especializadas, ligar para a Central de Atendimento à Mulher (180) e denunciar, bem como participar das campanhas de conscientização pelo fim da violência contra a mulher.

No sentido de contribuir para transformar essa realidade a Rede de Desenvolvimento Humano (REDEH) e o Instituto Magna Mater (IMM), está organizando a campanha Quem Ama Abraça, marcando os 30 anos do dia 25 de novembro - Dia Internacional de Luta pela Não Violência contra as Mulheres-, e os 20 anos da campanha 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.

Se você não aceita essas injustificáveis violências, agressões, torturas e mortes de mulheres, seja solidária/o, ajude a denunciar, e se junte ao coro das/os que lutam pelo fim da violência contra as mulheres.

Fonte: Instituto Maria daPenha

Acesse: http://www.institutomariadapenha.org.br

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

25 de novembro: Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres

‎"A violência doméstica
Chega sem fazer alarde
Ela é fruto do machismo
Ação de homem covarde
Por favor não silencie
Vá à luta, denuncie
Que amanhã pode ser tarde"!
(Tião Simpatia)

UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Tião Simpatia canta na abertura do III Fonavid

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) iniciou as atividades do III Fórum Nacional de Juízes de Violência Doméstica Familiar contra a Mulher (Fonavid) na manhã desta quarta-feira (23/11) com a presença de cerca de 200 participantes entre magistrados, assessores e profissionais envolvidos com aplicação da Lei nº 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha. O evento ocorre no Hotel De Ville, com programação até sexta-feira (25/11).

A abertura contou com a apresentação cultural de Tião Simpatia no show Mulher de Lei, do Instituto Maria da Penha. Por meio de canções e recitação de poema, o repentista aborda elementos da Lei Maria da Penha e a importância do respeito familiar, de maneira irreverente.

Leia matéria na íntegra

http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/17073:iii-fonavid-debate-acoes-de-combate-a-violencia-domestica

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A Lei Maria da Penha em Cordel (versão animada do DVD Mulher de Lei)

Olá amig@s, tendo em vista a 21ª Campanha Internacional: 16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero, que começa dia 25 de Novembro, resolvemos disponibilizar na Internet mais uma faixa do DVD Mulher de Lei "A Lei Maria da Penha em Cordel (versão animada).
Ao compartilhar esse vídeo você estará ajudando disseminar a Lei Maria da Penha através das Redes Sociais, e assim, conscientizando homens, mulheres e jovens sobre a problemática da violência doméstica que afeta milhares de famílias brasileiras.
Não podemos ficar indiferentes diante de um problema social tão grave. Una-se!
Grato,
Tião Simpatia

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

sábado, 29 de outubro de 2011

A Lei Maria da Penha em Cordel.

Agradecemos aos 10.000 internautas que conferiram a apresentação de "A Lei Maria da Penha em Cordel", cuja obra faz parte do DVD Mulher de Lei e será lançada em breve em formato de Livro Ilustrado, numa parceria entre o Inst. Maria da Penha e a Editora Armazém da Cultura Continuem acessando

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

TALLER ARTISTAS ÚNETE para poner fin a la violencia contra las mujeres

Vídeo resumen del Taller de artistas que tuvo lugar del 28 al 30 de septiembre en la ciudad de Panamá.

Los y las artistas invitados fueron:
Jonathan Harker (Panamá), Mikey (Barbados), TC (Barbados), Aja (Barbados), Tião Simpatia (Brasil), Phajsi Teatro (Bolivia), Miguel Solari (Costa Rica), Diana Avella (Colombia), Haila María Monpié (Cuba), David Torrens (Cuba), Stharre (Dominica), Paola Villacís (Ecuador), Alexia Miranda (El Salvador), Javier Ortiz (Guatemala), Lucy Argueta (Honduras), Magos Herrera (México), Gaby Baca (Nicaragua), Marcelo Medina (Paraguay), Yenia Rivarola (Paraguay), Wendy Castro (Perú), Pavel Núñez (República Dominicana), Nelly Masud Sadiki (St. Kitts), David Rudder (Trinidad y Tobago), Destra Garcia (Trinidad y Tobago), Santiago Tavella (Uruguay), María Inés Calderón (Venezuela), Mariángel Ruiz (Venezuela).

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Tião Simpatia apresenta "A Lei Maria da Penha em Cordel" no Panamá

Cordelista e arte educador, o brasileiro Tião Simpatia compartilhou, durante os dias 27, 28 e 30 de setembro de 2011, a sua experiência e engajamento com o fim da violência contra as mulheres. Convidado pela ONU Mulheres Brasil e Cone Sul, o artista colocou a Lei Maria da Penha em cordel para popularizar o entendimento e a aplicação dos direitos assegurados pela legislação. Com sua arte popular e inovadora, Tião Simpatia obteve ampla divulgação do seu trabalho pelo fim da violência contra as mulheres nos principais programas de entretenimento do Brasil.

A Campanha do Secretário-Geral da ONU na América Latina "UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres" reúne, até amanhã (30/9) no Panamá, 26 artistas latino-americanos envolvidos com a causa. O objetivo do encontro é estreitar os laços entre os agentes culturais, traçar estratégias de divulgação da mensagem da não violência contra as mulheres e formar uma rede de porta-vozes. Quatro artistas representam a subrregião do Cone Sul: Tião Simpatia (Brasil), Marcelo Medina (Paraguai), Yenia Rivarola (Paraguai) e Santiago Tavella (Uruguai).

Além disso, Tião Simpatia é grande colaborador de Maria da Penha Maia Fernandes e do instituto dirigido por ela. "É uma honra representar o Brasil nessa oficina que certamente contribuirá significativamente para o fim a violência doméstica contra as mulheres", escreveu Tião Simpatia numa de suas redes sociais, que está sendo utilizada para compartilhar a sua participação na Oficina de Artistas "UNA-SE pela região da América Latina", organizada pelas Nações Unidas.

Uma em cada três latino-americanas menores de 35 anos sofre algum tipo de violência de gênero, segundo a Organização Iberoamericana da Juventude. Embora os dados sejam alarmantes, eles escondem a realidade: somente é identificada uma parte dos casos de violência contra as mulheres e meninas. Por vergonha ou medo, as vítimas não denunciam ou informam a violência que vivenciam.

Segundo a coordenação da Campanha do Secretário-Geral "UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres" na América Latina, a sensibilidade dos artistas que responderam à convocação da campanha traz à tona que todas as pessoas são protagonistas da mudança para evitar a expansão de uma cultura de tolerância à violência contra as mulheres e meninas, além de fazer um chamado da responsabilidade do Estado.

Fonte: http://www.onu.org.br/artistas-do-cone-sul-participam-de-oficina-no-panama-pe...

A oficina tem participação de outros artistas latino-americanos: Jonathan Harker (Panamá), Mikey (Barbados), TC (Barbados), Phajsi Teatro (Bolívia), Miguel Solari (Costa Rica), Diana Avella (Colômbia), Haila María Monpié (Cuba), David Torrens (Cuba), Stharre (Dominica), Paola Villacís (Equador), Alexia Miranda (El Salvador), Javier Ortiz (Guatemala), Lucy Argueta (Honduras), Magos Herrera (México), Gaby Baca (Nicarágua), Wendy Castro (Peru), Pavel Núñez (República Dominicana), Nelly Masud Sadiki (St. Kitts), David Rudder (Trinidad e Tobago), Destra Garcia (Trinidad e Tobago), María Inés Calderón (Venezuela) e Mariángel Ruiz (Venezuela).

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Tião Simpatia participa de evento da ONU no Panamá

Campanha mundial do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon “Unite pelo fim da violência contra as mulheres”

A Campanha mundial do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres”, na América Latina e no Caribe, convidou o cantor, cordelista e arte educador cearense Tião Simpatia para participar da "Oficina de Artistas Unidos para a América Latina e no Caribe" que será realizada na Cidade do Panamá, durante os dias 28, 29 e 30 de setembro de 2011.

Participarão das oficinas artistas de 25 países da América Latina e do Caribe, sendo Tião Simpatia o representante do Brasil.

O objetivo principal do workshop é criar uma plataforma para os/as artistas a fim de dar visibilidade à campanha, com mensagens originais e inéditas .

Outros objetivos deste workshop são:

1. Sensibilizar os/as artistas, e por extensão o público em geral sobre a campanha do Secretário-Geral ÚNETE pelo fim da violência contra mulheres e meninas.

2. Incentivar o envolvimento ativo do/as artistas, e por extensão o público em geral para criar conscientização e mobilização social para acabar com a violência contra as mulheres.

3. Estabelecer formas criativas (ferramentas, atividades) sobre como os/as artistas podem se tornar porta-vozes da Campanha do Secretário-Geral ÚNETE, para aumentar a conscientização e mobilização social.

4. Lançar a iniciativa Global ÚNETE pelo fim da Violência contra as Mulheres e Meninas.

Durante o workshop, uma metodologia participativa será desenvolvida para que o trabalho seja interativo e criativo com base na mensagem da campanha.

Resultados esperados:

Espera-se que a participação dos/as artistas neste projeto seja uma motivação para criar novas reuniões e propostas futuras para combater todas as formas de violência contra as mulheres-física, sexual, psicológica e econômica.

Obs: A indicação do nome de Tião Simpatia foi feita pala ONU Mulheres – Brasil, por meio do Instituto Maria da Penha.

Mais informações sobre a campanha: http://www.un.org/es/women/endviolence/

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

DVD Mulher de Lei vira Especial para TV Diário

Agradeço e parabenizo a tod@s que participaram da gravação do Programa Encanta Nordeste (TV Diário), especialmente ao Augusto, Fernandão Leabem Silva e Helena.
Quando o Especial for ao ar divulgarei aqui. Vocês não perdem por esperar!
Participações Especiais:
Acauã Araújo Batuta Nordestina Jonathan Rogério e Maria da Penha Maia Fernandes, Presidente do Instituto Maria da Penha e inspiradora da Lei 11.340, mais conhecida com Lei Maria da Penha.

Show Mulher de Lei
Produção Musical: Junior Finnis
Produção Executiva: Naná Jucá
Realização: TV Diário.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Repente - Tião Simptia (DVD Mulher de Lei)

Contatos com Tião Simpatia : (85)8618.8696 / 9949.1338 - E-mail: tiaosimpatia@hotmail.com
Site: www.tiaosimpatia.com

Release

O DVD Mulher de Lei, do cantor, compositor e repentista cearense, Tião Simpatia reúne todo o material produzido pelo mesmo , em torno da Lei Maria da Penha, desde a sua sanção, em 07 de agosto de 2006.
Foi gravado ao vivo no teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza -Ce

São 13 faixas, com legendas em Português, Espanhol e Inglês, reunindo música, cordel, poesia e repente, cujo material agora servirá como ferramenta de trabalho entre Grupos de Mulheres, Centros de Referência, Escolas, ONG's e Empresas que já trabalham a questão de gênero em seus departamentos.

A Iniciativa é do Instituto Maria da Penha -- IMP, em parceria com a Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulher do Estado do Ceará, com o patrocínio da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará - SECULT

Distribuição:
O DVD está sendo distribuído pelo Instituto Maria da Penha

A comercialização dá-se pela internet, através do site: www.tiaosimpatia.com

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Marcha das Vadias - Brasília - 18/06/2011

Vídeo de cobertura da Marcha das Vadias de Brasília. O ato foi organizado por 'varias mulheres indignadas com a violência machista na nossa sociedade.

ESPELHO DE VÊNUS: QUESTÕES DA REPRESENTAÇÃO DO FEMININO


Cíntia Schwantes (UFPel)

Estou retomando aqui uma questão antiga. Quando Platão propôs a expulsão dos poetas da cidade ideal, pois eles imitam uma imitação, uma das coisas posta a nu foi a obliqüidade da relação mimética que há entre literatura e sociedade. Isso significa que não encontramos na literatura um retrato confiável de determinada sociedade. Por outro lado, quando Roland Barthes afirma, algo provocativamente, que uma única página do Robinson Crusoe permitiria a reconstrução dos saberes do séc. XVIII, ele está nos dizendo que a literatura presta, sim, um testemunho sobre a sociedade na qual foi criada. A psicanálise, que considera a literatura correlata aos sonhos, um sistema simbólico no qual as deformações e as lacunas são tão significativas quanto as afirmações contidas neles, é uma possível solução a esse impasse. Outras podem ser apontadas. O princípio do qual eu parto aqui, é o de que a literatura nos fornece sinais indiretos, muito mais do que diretos, sobre a sociedade na qual circulou, ou circula. A literatura não nos diz como somos, mas sim, como pensamos que somos, como desejamos ser, e no limite, como não somos.

Ler matéria na íntegra: http://www.amulhernaliteratura.ufsc.br/artigo_cintia.htm


quinta-feira, 16 de junho de 2011

A inaceitável tolerância com homens que amam odiar mulheres


Homens que amam odiar mulheres nem sempre são homens. Às vezes, biologicamente, são do sexo feminino, mas pensam como homens que, por motivações sempre ligadas à sociopatia, desenvolveram prazer em fazer mulheres sofrerem física e emocionalmente.

Maria da Penha visita SPM


Data: 14/06/2011

A ministra Iriny Lopes da Secretaria de Políticas para as Mulheres recebeu nesta segunda-feira (13/6), a farmacêutica bioquímica Maria da Penha em seu gabinete em Brasília/DF. Ela pediu apoio da Ministra para a construção e reforma do Instituto que leva seu nome. O Instituto Maria da Penha é um espaço destinado a discutir, implantar e implementar projetos especiais de políticas de proteção social à mulher.

Maria da Penha é símbolo da luta contra a violência doméstica no país. Ela lutou durante 20 anos para que seu agressor viesse a ser condenado pela justiça e emprestou seu nome à Lei 11.340/2006 conhecida como Lei Maria da Penha. A Lei representa uma conquista dos movimentos feministas em busca da erradicação, prevenção e punição da violência contra a mulher.

As ações do instituto Maria da Penha são realizadas por meio de três perspectivas: Educação que inclui um programa de alfabetização para jovens e adultos, e formação continuada em assuntos referente a cidadania, direitos, saúde entre outros; Trabalho e geração de renda com investimento na área de formação profissional, empreendedorismo nas áreas de tecnologia, gastronomia, turismo e hotelaria, moda e estilo, saúde; e Desenvolvimento sustentável por meio de uma ação integradora na relação gênero e meio ambiente.

A ministra Iriny Lopes disse que a SPM poderá apoiar a iniciativa por meio de recomendação ao projeto a outras entidades e instituições que destinam recursos para áreas sociais, entre elas a Petrobrás, Caixa Econômica Federal e Bando do Brasil.

A vida de Maria da Penha vai virar filme e sua história será contada nos cinemas.

A produção prevista para ser lançada em 2012, está em fase de captação de recursos. O projeto é da atriz Naura Schneider, que além de interpretar Maria da Penha, assina a produção.

Fonte: SPM - Comunicação Social

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Foi um sucesso o encerramento do I Curso de Mulheres Defensoras do Direito à Cidadania

O encerramento do I Curso de Mulheres Defensoras do Direito à Cidadania, foi realizado dia 19 de maia, às 19 horas, no Espaço Mix do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza.

Promovido pelo Instituto Maria da Penha com apoio da Embaixada dos Países Baixos, o curso foi Coordenado pelo professor doutor Adriano Sarquis teve como objetivo formar defensoras do direitos à cidadania para atuarem em suas comunidades como multiplicadoras.

Nessa primeira etapa contou com a participação de 100 mulheres de diversas comunidades de Fortaleza e que agora estão capacitadas em noções de Direitos Humanos, Cidadania, Conquistas dos Movimentos de Mulheres, Lei Maria da Penha, Empreendedorismo, dentre outros.

O Curso foi realizado durante seis meses e teve como local a Escola de Ensino Fundamental e Médio Cristo Redentor.
A solenidade de encerramento contou com a presença de autoridades, representantes de ONGs e foi presidida por Maria da Penha Maia Fernandes, presidente do Instituto Maria da Penha -IMP

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Folheto "A Lei Maria da Penha em Cordel" é ultilizado em trabalho educativo em Minas Gerais

Realizada na noite do dia 10 de maio a abertura da IX Semana da Enfermagem do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho. A solenidade reuniu alunos, professores e autoridades no Auditório I, do Prédio Pedagógico (H), e contou com a participação do coral e do grupo de teatro do Instituto. A cerimônia foi iniciada com a composição da mesa e a execução do hino nacional pelos alunos do coral. Em seguida, o pró-reitor de Ensino, Marcelo Simão da Rosa, destacou a importância do curso para atender a sociedade e preparar os profissionais. “É muito pouco para um enfermeiro ter somente conhecimento das ciências biológicas, é preciso

A cerimônia teve continuidade com a apresentação do hino do enfermeiro feita pelo coral. Sob o comando do músico Acácio Donizetti Silva Vieira, os alunos também cantaram diversas músicas. Após o intervalo, o grupo de teatro coordenado pelo professora Denise de Souza Prado encenou um jogral sobre a lei Maria da Penha, adaptado do cordel escrito por Tião Simpatia. O final da cerimônia foi marcado pela apresentação do cantor e aluno do curso Técnico em Agropecuária, João Mário Andreazzi Andrade.

Leia matéria na íntegra:http://www.eafmuz.gov.br/index.php/gerais/808-9o-semana-da-enfermagem


sábado, 14 de maio de 2011

Amor?


Hoje, o Dir. Exe. do Instituto Avon Lírio Cipriani (foto), veio a Fortaleza para lançar o filme AMOR? De João Jardim. O filme trata da problemática da violência doméstica e teve o patrocínio da Avon. A exibição foi no Cinema do Iguatemi, com a ilustre presença de Maria da Penha Maia Fernandes (foto). Após a exibição houve um debate sobre o tema e a apresentação do DVD Mulher de Lei, do cantor e compositor Tião Simpatia.

Também marcaram presença: Dra. Mônica Barroso, Coordenadora de Políticas para Mulher do CE; Dra. Rosa Mendonça, Juíza Titular do Juizado de Violência Doméstica de Fortaleza e representantes de várias ONG's. Um bom público compareceu ao evento.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Tião Simpatia no Show Mulher de Lei (Ensaio em Stúdio)

Música "Mulher de Lei", que homenageia as mulhes que colaboraram mais diretamente na criação da Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha.
Faz parte do DVD Mulher de Lei
Pedidos pelo e-mail: tiaosimpatia@hotmail.com

Tião Simpatia no Lançamento do Projeto "Lá em casa quem manda é o respei...

Em 11 de março de 2.011, no Salão Nobre Cloves Vettorato, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, foi realizado o lançamento do Projeto "LÁ EM CASA QUEM MANDA É O RESPEITO",promovido pelo Ministério Público, em parceria com o Governo do Estado e coordenado pela promotora Lindinalva Rodrigues Dalla Costa e pela Secretária e Primeira Dama Roseli Barbosa. O lançamento ocorreu durante o Encontro Estadual para Promoção da Igualdade de Gênero e Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

A abertura do evento foi feita com a apresentação do Cantor Cearense "Tião Simpatia", que foi um Show a parte, o repentista declamou e encantou a todos com seu repertório de músicas sobre a Lei Maria da Penha e as mulheres.

Saber mais:http://www.lindinalvarodrigues.com.br/materias.php?id=1014&subcategoriaId=8

domingo, 20 de março de 2011

Em fim, lançamos o DVD Mulher de Lei

"Indescritível a emoção de ver o teatro do Centro Dragão do Mar superlotado no show de lançamento do DVD Mulher de Lei, ontem a noite". Tião Simpatia




Melhores momentos do show registrado por Coberturasbab
Védeo 01
Vídeo 02
Vídeo 03
Vídeo 04

Confira alguns depoimentos de importantes personalidades que foram prestigiar o evento

DVD Mulher de Lei
Pedidos pelo e-mail: tiaosimpatia@hotmail.com
Contatos: (85) 8618.8696 / 9949.1338

Leia matéria na íntegra:

segunda-feira, 14 de março de 2011

Lançamento: Simpatia do Tião em DVD


O nível da produção e do material gráfico do DVD "Mulher de Lei", que será lançado quarta-feira, não deixa nada a desejar em relação aos melhores produtos do mercado fonográfico nacional


O cearense Tião Simpatia faz o show de lançamento de seu primeiro DVD, intitulado "Mulher de Lei", depois de amanhã, a partir das 19h30, no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

O cantor, compositor, músico e arte-educador cearense de Granja, Sebastião Felix de Oliveira Jucá, o Tião Simpatia, faz o show de lançamento de seu primeiro DVD, o álbum "Mulher de Lei", nesta quarta-feira, 16, a partir das 19h30, no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Praia de Iracema. É uma realização do Instituto Maria da Penha, sob os auspícios da Coordenadoria de Políticas Públicas do Estado do Ceará e da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult), com o apoio da Coelce.

Maria da Penha

As treze faixas do DVD são direcionadas aos temas do universo feminino e algumas com foco exclusivo ao campo de luta de Maria da Penha Maia Fernandes e sua trajetória de atuação até a implementação da Lei Federal 11.340/2006, que tenta coibir a violência doméstica e familiar. Essa realidade já se faz presente na abertura do show com "Galope a Maria da Penha", cuja letra em rimas no estilo de uma autêntica cantoria relata com criatividade a história de vida da profissional farmacêutica cearense e sua luta, desde a tragédia que aconteceu com ela, incluindo a tentativa de assassinato, até a implementação do argumento jurídico que leva seu nome.

Ler matéria na íntegra:http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=947032

NELSON AUGUSTO
REPÓRTER

Matéria publicada originalmente no Diário do Nordeste em 14/03/11

sábado, 12 de março de 2011

DVD Mulher de Lei

Maria da Penha e Ana Maria Braga apresentam o DVD Mulher de Lei
Pedidos pelo e-mail: tiaosimpatia@hotmail.com
Contatos: (85) 8618.8696 / 9949.1338 (Naná Jucá)

terça-feira, 8 de março de 2011

Questionamento à Lei Maria da Penha é carregado de intolerância e preconceito, diz Iriny Lopes


Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Amanhã (8) é o Dia Internacional da Mulher e, para a ministra da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, há avanços para se comemorar, mas, também, muita preocupação com a consolidação dos direitos alcançados. Uma ameaça real às conquistas dos últimos tempos, na sua opinião, são os questionamentos da constitucionalidade da Lei Maria da Penha que, hoje, se reproduzem em várias comarcas e tribunais.

A lei que garante punição para a violência cometida dentro de casa, motivada pela questão de gênero, chegou a ser classificada como “diabólica” por um juiz. Além disso, o artigo que garante que a vítima não será coagida a retirar a denúncia vem sendo questionado nos tribunais superiores. Para Iriny Lopes, há “intolerância e preconceito”.

A ministra assumiu como primeira tarefa de sua gestão estabelecer um diálogo com os magistrados para sensibilizá-los da importância da aplicação da lei tal como foi aprovada. Segundo ela, os juízes precisam aproximar-se mais das questões da população. “A alma da Lei Maria da Penha é que a mulher não seja coagida”, disse a ministra, em entrevista à Agência Brasil. Iriny também defendeu a formação de um banco de dados confiável para medir a dimensão da violência contra as mulheres.

Agência Brasil – A Lei Maria da Penha foi aprovada e sancionada no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas, até hoje, há problemas com sua aplicação efetiva. Até a constitucionalidade da lei que protege as mulheres em relação à violência cometida dentro de casa vem sendo discutida no meio judiciário. Um juiz da cidade mineira de Sete Lagoas chegou a chamar a lei de “diabólica”. Como convencer as pessoas da necessidade de aplicação dessa lei?
Iriny Lopes – Primeiramente, seria prudente, seria bom para o Brasil que o Poder Judiciário se aproximasse um pouco mais do que são os anseios da população. A Lei Maria da Penha foi considerada pelas Nações Unidas como uma das três melhores legislações do mundo de proteção à mulher e instrumento eficaz e rigoroso contra a violência doméstica. Uma pesquisa recente mostra que 63% dos brasileiros conhecem e apoiam a Lei Maria da Penha. É um índice altíssimo. Nós poderíamos arriscar a dizer que é a lei brasileira mais popular de toda a história. O que ocorre no interior do Judiciário reflete o que vai também na sociedade. Em alguns casos, eu não generalizo, trata-se de intolerância e preconceito.

Ler entrevista na íntegra:

http://blogdadilma.blog.br/2011/03/questionamento-a-lei-maria-da-penha-e-carregado-de-intolerancia-e-preconceito-diz-iriny-lopes.html

Margaridas marcham em busca da igualdade

Com o lema “2011 razões para marchar por desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade” a Marcha das Margaridas neste ano irá ocorrer, de 16 a 17 de agosto, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Espera-se reunir cerca de 100 mil mulheres na manifestação.
Lançada no ano de 2000, a Marcha das Margaridas já trouxe conquistas significativas para a categoria rural como negociação de programas e políticas públicas voltados para o acesso das mulheres à terra, assistência técnica, crédito, políticas sociais e direitos de cidadania.
Já em específico sobre a celebração do 8 de março, que neste ano ocorre durante o carnaval, as tradicionais passeatas em geral ocorrerão no dia 12 de março (sábado), como é o caso de São Paulo e do Ceará. Entretanto, os estados organizam também blocos carnavalescos no próprio dia 8.
Apesar das inúmeras conquistas dos movimentos feministas nas últimas décadas, a igualdade efetiva entre homens e mulheres no Brasil continua sendo uma realidade distante. Persistem graves problemas, como a reduzida representação política, os salários desiguais, a responsabilidade quase exclusiva em relação ao trabalho doméstico e ao cuidado de filhas e filhos, a mercantilização do corpo feminino, e um dos mais graves e preocupantes, a violência de gênero. Esse tipo de violência se manifesta de diversas maneiras – como a violência doméstica, o assédio sexual, o estupro, o tráfico de mulheres, a criminalização do aborto – e atinge mulheres de todas as classes sociais, raças e idades.
Celso Jardim

Fonte: Blog da Dilma

segunda-feira, 7 de março de 2011

Lá em casa quem manda é o respeito


Governo do Estado de MT e MPE lançam projeto de combate à violência contra a mulher

Combater a reincidência dos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher, por meio de ações destinadas aos acusados de praticar os delitos. Com esse propósito, o projeto 'Lá em Casa quem manda é o respeito' será lançado na próxima semana pelo Ministério Público Estadual (MPE) e o governo do Estado. O lançamento ocorrerá durante o 'Encontro Estadual para Promoção da Igualdade de Gênero e Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher', em Cuiabá.

De acordo com a coordenadora das Promotorias Especializadas de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, o projeto prevê a aproximação do MP com os acusados de violência que estão em centros de ressocialização, presídios e cadeias. "Para muitos homens é tão natural bater na mulher, que não veem em tal ato a prática de um delito passível de punição e tendem a responsabilizar a própria vítima por sua agressividade. A maioria deles pode voltar a agredir a mulher após serem colocados em liberdade, posto que não têm consciência da malignidade de sua conduta", afirmou.


Segundo ela, o projeto terá como objetivo informar, ouvir e evitar a reincidência específica em tais tipos delituosos. Para isso, serão realizadas palestras mensais nas unidades prisionais, bem como em empresas e locais com grande concentração de pessoas do sexo masculino. "Muitos homens foram criados de forma machista e reproduzem tal comportamento em seu dia a dia com o uso da força e da violência para serem obedecidos. O trabalho será feito de forma educativa e preventiva por uma equipe da Promotoria de Justiça, além de psicólogos e assistentes sociais".

A parceria com o governo do Estado será desenvolvida por meio da Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), que disponibilizará assistente social, psicóloga, equipamentos de trabalho e produção de material de apoio. As atividades do projeto serão promovidas até o mês de abril de 2013.

EVENTO - O 'Encontro Estadual para Promoção da Igualdade de Gênero e Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher' terá início às 9h, no salão nobre Cloves Vettorato, no Palácio Paiaguás. Inicialmente, o repentista e cantor cearense Tião Simpatia, fará uma apresentação musical. Em seguida, ocorrerá o lançamento do projeto "Lá em casa quem manda é o respeito". Às 11h, a promotora de Justiça do Pará, Sumaya Saady Morhy Pereira, ministrará a palestra 'Violência doméstica e familiar contra a mulher: uma grave violação dos direitos humanos'.


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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Justiça gaúcha aplica lei Maria da Penha para proteger homem gay

A Justiça do Rio Grande do Sul tomou uma medida inédita em relação aos direitos dos homossexuais. Um juiz da comarca de Rio Pardo, a 150 quilômetros de Porto Alegre, decidiu aplicar a Lei Maria da Penha a uma relação homossexual e concedeu medida de proteção a um homem que afirmou estar sendo ameaçado pelo ex-companheiro.

A decisão do juiz Osmar de Aguiar Pacheco foi tomada na última quarta e anunciada nesta sexta pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. A medida obriga o homem a manter uma distância de, no mínimo, 100 metros do ex-companheiro, sob pena de prisão.

Segundo o juiz, depois de terminar há dois meses um relacionamento, que durou um ano, a vítima passou a ser perseguida e ameaçada pelo ex-companheiro, que chegou a agredi-lo na frente de um sobrinho em um posto de gasolina da cidade de Rio Pardo. Ele então pediu proteção à Justiça.

Para o magistrado, embora a Lei Maria da Penha tenha como objetivo a proteção das mulheres contra a violência doméstica, qualquer pessoa em situação vulnerável pode ser beneficiada pela lei. Ele citou a Constituição, segundo a qual todos são iguais perante a lei, sem discriminações de qualquer natureza. Mesmo sendo do sexo masculino, a vítima mereceria a proteção da lei em um caso de violência doméstica.

Osmar Pacheco vai contra a interpretação de alguns colegas, para quem a Lei Maria da Penha representaria uma discriminação, em que as mulheres teriam mais direito do que os homens.

“Não podemos usar a Constituição para restringir direitos, mas para ampliá-los. Se tenho uma lei que protege a mulher, posso usar a Constituição e dizer que toda a vez que houver uma pessoa em situação de vulnerabilidade, como em geral está a mulher numa relação heterossexual, posso aplicar a legislação”, explica o juiz. “A lei é positiva e prevê um leque de instrumentos de proteção às vítimas. Não posso utilizar a Constituição para deitar por terra isso aí, só porque fala de violência contra a mulher. O raciocínio é outro”, completa.

Antes de tomar a decisão, o juiz conta que pesquisou e não encontrou decisão igual no judiciário brasileiro. Ele destaca, porém, que a Lei Maria da Penha já foi aplicada em relações homossexuais entre mulheres e também em relações heterossexuais quando o homem é vítima de violência.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/

sábado, 26 de fevereiro de 2011

A Mulher e o Voto

Antônio Sérgio Ribeiro (*)

Ao término de mais um século, cabe lembrar a luta das mulheres na conquista de seu direito ao voto, iniciada ainda no século XIX, quando as mulheres norte-americanas se engajaram na abolição da escravatura nos Estados Unidos. Cabe destacar o papel de Susan Brownell Anthony e de Elizabeth Cady Stanton, que em um encontro, em 1851, em Seneca Falls, Estado de New York, iniciaram a luta pelo fim da escravidão.

Ler matéria na íntegra:http://www.al.sp.gov.br/web/eleicao/mulher_voto.htm

ONU inaugura organização para mulheres


A ONU celebrou ontem, no Salão da Assembleia Geral, a inauguração histórica da sua mais nova organização: a ONU Mulheres. Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres, a ONU Mulheres é resultado da fusão de quatro órgãos da ONU.

“Com o nascimento da ONU Mulheres, recebemos uma energia extra para o progresso da igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres”, disse o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon. “Os desafios são grandes, mas acredito que a nova energia, o novo impulso e a nova hierarquia que a ONU Mulheres traz consigo vão superar esses desafios. A verdadeira igualdade de gênero deveria ser o nosso legado comum para o século 21”.

Ki-Moon designou a ex-presidenta do Chile, Michelle Bachelet, para ser a primeira diretora-executiva da ONU Mulheres. Enquanto descreveu a inauguração como o primeiro dos muitos ritos importantes na busca global pela igualdade de gênero, Bachelet enfatizou que a criação da ONU Mulheres responde ao descontentamento geral com o ritmo lento da superação da desigualdade de gênero.

Os Estados-Membros da ONU acordaram de maneira unânime pela criação da nova organização, em resposta às constantes demandas e reivindicações apresentadas pelas ativistas dos direitos das mulheres.

“Imaginem o quanto poderemos fazer, quando as mulheres tiverem o pleno empoderamento como agentes ativas de transformação e progresso das suas sociedades”, disse Bachelet. “Historicamente, vivemos um momento de grandes potenciais e mudanças para as mulheres. Chegou a hora de agarrar essa oportunidade”. E completou: “A minha própria experiência me ensinou que não existem limites para as conquistas das mulheres”.

Trabalho

ONU Mulheres prestará apoio aos países de forma individual para o alcance da igualdade de gênero na economia e na política e para a eliminação do fenômeno mundial da violência contra as mulheres. Ajudará a estabelecer pautas internacionais de progresso e liderar iniciativas coordenadas da ONU para converter as novas oportunidades para as mulheres e as meninas em elementos centrais de todos os programas de paz e desenvolvimento da ONU.

A atriz Nicole Kidman, embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres, descreveu sua experiência pessoal de ter visto as mulheres mudarem o mundo. “Há depoimentos incríveis sobre o poder de recuperação, força e dignidade, de esperança no final das contas”, declarou. “É por isso que digo que as mulheres e as meninas que conheci são minhas heroínas. Para mim, é um prazer e um orgulho estar com a ONU Mulheres, a nova e forte voz das mulheres de todo o mundo”.

Site da ONU Mulheres: http://www.unwomen.org

As informações são do portal Nações Unidas no Brasil.