quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Vedetes em Revista


O teatro de revista com suas famosas vedetes marcou época no show business brasileiro. Inspirado nos musicais dos cabarés franceses, o teatro rebolado (como também era chamado) lotava plateias das casas de espetáculos no fim da década de 40, no Rio de Janeiro. Esse tipo de entretenimento explorava a sensualidade de suas estrelas, em detrimento de textos ou mesmo de um enredo.

Produzido para agradar a diferentes segmentos de público, o teatro de revista tinha elementos peculiares como um texto em verso, a presença da opereta, da comédia musicada e das representações folclóricas. O script dos shows era uma mistura de crítica e sátira de costumes.

Virgínia Lane, Iris Bruzzi, Dercy Gonçalves, Eva Tudor, Wilza Carla, Renata Fronzi e Mara Rúbia foram algumas das protagonistas desse gênero de vaudeville brasileiro. Entre o fim da década de 40 e início dos anos 50, essas vedetes se tornaram celebridades.

Após o declínio do teatro do rebolado, umas ficaram no esquecimento, enquanto outras passaram a atuar como atrizes e comediantes em novelas ou programas humorísticos da televisão.

Veículo de difusão de modos e costumes, o teatro de revista era um retrato sociológico ou um estimulador de riso e alegria através de falas irônicas e de duplo sentido e canções apimentadas. O figurino das vedetes e do elenco tinha pouca roupa, mas abusava do brilho de lantejoulas e plumas.

O corpo das estrelas era muito valorizado, tanto pelo uso de roupas exóticas, quanto pelo desnudamento opulento ou pelas danças. Já os cenários criados eram fantasiados e multicoloridos, a fim de apresentar uma realidade superdimensionada. No começo dos anos 60, o teatro de revista entrou em decadência com o advento da televisão no Brasil.

Fonte. Diário do Nordeste

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